segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Criança quer futuro, não quer esmola

Começou hoje a campanha 2007 do programa "Criança quer futuro, não quer esmola", da Prefeitura de Curitiba, coordenada pela Fundação da Ação Social (FAS).
Pessoas físicas e jurídicas poderão doar percentual do Imposto de Renda 2008 para crianças e adolescentes em Curitiba atendidos pelo FAS, através do Fundo Municipal para Criança e o Adolescente. Com base na legislação específica de renúncia fiscal em projetos sociais, pessoas físicas podem doar até 6% do imposto devido, e pessoas jurídicas, até 1%. Importante notar que as empresas somente podem se valer desse mecanismo se operam pelo lucro real.
O interessante dessa nova etapa do programa é a facilidade no processo, que deverá conquistar principalmente o doador individual, pois tudo pode ser feito pela internet.
O site para saber mais e já doar é o da Prefeitura.

2 comentários:

Rubens Bürgel disse...

Mais uma vez o Estado busca transferir para o cidadão o peso de sua incompetência... Ou seja, vamos cuidar de nós mesmos já que a política faliu. A intenção é boa... chega de gente nos sinaleiros e nas esquinas... a tendência é moderna também, o voluntariado faz a diferença. O que não dá pra aceitar é termos mais custo para a classe média que sustenta o suficiente e mais um pouco e ainda tem de sempre dar mais um jeitinho de colaborar. Ô primeiro passo é a politica de educação e geração de emprego... a esmola é conseqüência da falta de politicas adequadas... como damos a esmola pouco importa... por mim prefiro dar na esquina do que pela internet. Ao menos veja a cara de quem leva.

Carolina de Castro Wanderley disse...

Caro Rubens:
Primeiro, gostaria de agradecer pela sua manifestação e pela visita no blog. Continue contribuindo!
As políticas públicas realmente estão cada vez menos atendendo aos problemas emergentes de nossa sociedade. Particularmente, acredito na cultura e na educação como formas de minimizar os prejuízos já existentes e eventuais futuros problemas.
Mas o fato é que, independente de quem seja a culpa, o Estado não dá mais conta.
Os mecanismos de incentivo fiscal são, ao meu ver, bastante interessantes pois possibilitam que você doe pra quem você vê a cara sim! Você escolhe a quem quer destinar um dinheiro que seria pago de qualquer modo, não gasta mais com isso. A instituição pode perfeitamente ser conhecida sua, desde que registrada junto ao FAS.
E o melhor: a verba vai para o terceiro setor honesto, ele sim gerando educação, cultura, valores éticos e preservação do meio ambiente. Programas bons existem, basta pesquisar.
Diferente de dar a esmola no sinal: assistencialismo que só incentiva que mais crianças vão para os sinais e cruzamentos, alguns até aprendendo a roubar.
Grande abraço!
Carolina.

O que tem aqui?
Tem cultura, arte, entretenimento e direito: tudo misturado.